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1 de set. de 2010

Declaração

Viro, desviro, viro tudo. Não sou nada.

Transformo, destransformo, retransformo. Sou a forma abstrata.

Sou único, talvez maluco, mas ao mesmo tempo o melhor que você pode ter.

Se me faço de vários, e te engano com frases descabidas que não dizem o que meu coração tem... É de propósito, para que você pense em tudo que pode perder para me ter.

Se faço rimas, fingindo ser poeta, enquanto na verdade não passo de um lunático brincando de juntar palavras em um joguinho de pecinhas... Droga, acho que perdi a rima.

Perdi.

Perdi para ganhar, fui derrotado para vencer e me testo como uma cabra-cega no meio do matão, pensando no esartz da nossa ficção mexicana.

Dois rasgos de luz cortam a manhã sombria... À noite não podia, afinal, não tínhamos tempo para ficar olhando estrelas. Na matéria tempo sempre repetimos.

- Não pára!

Você se esconde como um cordeirinho, usa de artifícios maníacos tentando me dominar. Mas não domina, porque a voluntariedade do seu ser não acredita na genialidade das incertezas.

Subverto tudo, colido, passo a ferro... E não há nada no mundo que me detenha.

Encabulada pela própria sorte, só escuto sua voz:

- Não sei viver sem você.

Eu sei. Só queria ouvir você dizer.

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